sábado, 14 de novembro de 2009

Capítulo 7( parte 1)

Meu sábado começou agitado. Eu, Bruna e Racchel fomos com Rodolfo para as compras de roupas. Na loja tinha muitas coisas bonitas, dava vontade de levar tudo, mas eu levei apenas duas blusas e uma calça. Minha mesada não iria durar até o fim do mês. As meninas compraram muitas peças, mas eram baratas, a maioria era para usar em casa mesmo.
Depois do almoço, Gaby apareceu para arrumarmos os cabelos logo. O dia seria longo, e a noite prometia. Tinha ligado para Géssica cedo, ela me dissera que não iria, não curtia muito essas coisas, mas disse que ele iria, ele estaria lá. Então isso me animou, e me deu a responsabilidade de ficar mais bonita o possível.

Tia Flórida e tio Enário iriam para praça, então começaram a se arrumar mais cedo. Eu e as meninas iríamos com Rodolfo, sem pressa.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Capítulo 6( parte 6)

Não conseguia dormir, então desci para beber água. Racchel estava sentada no sofá vendo tv. Fui na cozinha, e quando voltei, ele chamou por mim.
- Assim, não sou boa nisso... mas tipo, queria te pedir desculpas. Eu não gosto dele não, como você pensa, mas é porque não quero ver alguém que amo sofrendo por algo que eu sofri, cometer meu mesmo erro. Eu soube que você ficou com ele, mas não sei que você está sentindo. Eu não me meto mais, como prometi, eu te avisei. Só queria te pedir desculpas porque não quero que continuemos mais assim, porque é muito chato. Apesar de não parecer, de eu não saber demonstrar isso, você é um tanto especial e amiga pra mim. Pode me perdoar? - ela perguntou de cabeça baixa.
- Claro. Nunca fiquei chateada, apenas não falei com medo de vcoê me ignorar. Por mim tudo bem.- respondi, sincera.
Nos abraçamos e começamos a conversar. Ela me perguntou se eu me apaixonei por ele, e fui sincera, ela não disse nada, apenas concordava com a cabeça e não falava nada. Depois começou a falar de seu relacionamento, que ia cada dia melhor.
Foi bom conversar com ela sobre ele. Ela pareceu me entender, e entender meus sentimentos mais do que eu mesma. Sem ela não dizer nada, foi algo bom desabafar.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Capítulo 6( parte 5)

Pelo resto da manhã fiquei calada. Géssica ainda conversou muito com Hytallo durante a aula quando ele chegou.
No intervalo fui para o banheiro derramar as lágrimas que prediam na minha garganta. Passei meus quinze minutos naquele banheiro, meus olhos sairam inchados, mas eu precisava chorar. Ele não iria me querer mais, então? Essa resposta eu teria amanhã na festa.
Cheguei na sala atrasada e todos olharam para mim. Não sabia se era porque eu era a última a entrar, ou se era porque meus olhos mostravam que eu tinha chorado. Fiquei em silêncio até Géssica me perguntar:
- Você não tá chateada comigo né?- ela me perguntou, limpando uma lágrima que descia do meu rosto.
- Não, tô não. - respondi baixinho.
Ela me abraçou e sussurou algo " fica assim não, amanhã você vai vê-lo, e veremos se estou certa ou não". Continuei em silêncio. A professora Lúcia me perguntou se eu estava me sentindo mal, e eu respondi que não.
Para casa eu segui a pé novamente. Me sentia melhor e sem vontade de chorar agora.
Hoje meu dia se tornara importante, descobri finalmente que estava apaixonada por ele, que se ele não me quizesse, isso afetaria demais a minha alma, meu coração. Que agora minhas músicas preferidas eram aquelas que me fazia lembrar ele. Que agora eu estava novamente sofrendo...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

capitulo 6(parte 4)

Na sexta acordei mais cedo que as meninas, e fui caminhando a pé. Todos meus esforços estavam sendo lentos, meu corpo nã transformara muito nos últimos dias. Se não fosse a balança me mostrando o tanto de kilos que perdi nos últimos dias, eu não acreditaria ao tia Flóriida falar que me via cada dia mais magra, e sem falar nos quase desmaios que sofria todo dia na escola. Mas tinha as esperanças de que tudo iria dar certo, acreditava muito nisso, por isso colocava todos os meus esforços nestas loucuras.
Hytallo estava fazendo prova atrasada em outra sala. Géssica melhorara seu comportamento para meu lado. Ela pegou meu diário e leu.
- Amiga, o que é isso? - ela me perguntou apontando para a música que eu tinha feito.
- É uma música que fiz. Mas ainda está sem toque.- disse, reprimindo um sorriso.
- Você estava inspirada em quem quando fez isso? - ela perguntou, já sabendo da resposta.
- Pra ele. - eu disse, escondendo meu rosto nos cabelos.
- Meu Deus, não vou falar nada sobre isso, você sabe minha opnião sobre isso.
- Sei sim.
- Me permite fazer uma coisa? -ela perguntou
- Depende.
- Calma.
Ela chamou a professora e falou algo em seu ouvido.
- O que você disse a ela? - eu perguntei ansiosa.
- Espere, e verá! - ela respondeu.
Então a professora Rebeca fez um sinal para ela, que foi na frente com meu diário e piscou para mim.
Ela começou a recitar a minha música, e eu baixei a cabeça.
Apenas ouvi o último refrão:

"Eu me apaixonei pelo dono do melhor beijo, melhor olhar, melhor tocar
Sinto falta de tudo, dos momentos felizes que eu tive com você
Sempre que a noite cai, meu coração se contrai, por saber que um dia ele foi seu"


Ela terminou com as seguintes palavras:
- Gente, quem escreveu isso foi a Bárbara, acho que ela merece salva de palmas, não?
Levantei a cabeça, corando na certa, e todos batiam palmas para mim. Que vergonha eu sentia agora. Ia matar Géssica quando ela sentasse.
- Você tá louca? - eu perguntei quando ela sentou.
- Você merecia isso. Está linda a tua música mulher! Pena que não vale apena para quem você escreveu.-ela disse.
- Por que você diz isso? Ele te falou algo? - fiquei nervosa com isso.
- Ele é meu primo, eu o conheço. - ela falou, existia algo.
-Eu falei que você tinha falado muito nele, mas ele não diz nada. Sinceramente, acho que ele não quer nada com você. - ela disse, diminuindo seu tom de voz.
Isso doeu, mas eu tentei disfarçar. Afinal,se ele não quizesse, ele diria algo. Tentei pensar positivo...

capitulo 6(parte 3)

Na volta, as meninas estavam saindo de casa, para onde elas iríam em plena duas horas da tarde.
- Ei menina, vamos ali, a mãe deixou! - girtou Bruna quando me aproximava.
Eu segui com elas. Pelo visto estávamos indo para casa de Gaby. Lembrei que na mesa da escola Gaby havia comentado que estaria sozinha e daria para fazer as máfias delas, agora, não sabia quais eram essas máfias.
Quando chegamos, tinha outras duas lá. Uma ruiva e outra morena. Na mesa da sala tinha vários filmes. Isso seria a máfia?
- Vem me ajudar a buscar as coisas Bruna. - disse Gaby saindo as pressas para cozinha.
Eu e Racchel nos sentamos e logo vinha Bruna e Gaby com um litro de bebida alcoólica nas mãos. Eu não acreditava naquilo. Elas começaram a servir, e foram seis copos, então elas iriam querer que eu provasse também.
- A primeira dose é da Bárbara. - anunciou Racchel.
- Eu não bebo. - avisei logo.
- Prova pelo menos. - pediu Gaby.
Peguei o copo e virei. Era um gosto até bom. Deu para descer. Mas não iria querer aquilo para minha vida, então resolvi sair.
- Gente, acho melhor eu ir. Quero ir na casa da Géssica, depois a gente se vê.
- Mas está começando agora! - reclamou Gaby.
- Mesmo assim, não dá pra mim.
Eu saí. Não iria na casa de Géssica, a gente tinha discutido, apesar de fazer as pazes, o clima ainda não estava tão legal.
Fui para casa. Ajudei a tia Flórida a arrumar o guarda-roupa, e depois lhe fiz companhia ao assistir um filme antigo na tv. As meninas chegaram de noite já. Eu acabara de sair do banho quando entraram no quarto. Elas riam muito alto, e senti o mal cheiro de bebida que vinha com elas, mas não falei nada.
Terminei minha noite com músicas melancólicas em meus ouvidos. Meu mp3 tinha perdido o toque rápido das músicas de rock, e foram trocados pelas músicas de sofrimento, de amores impossíveis. Junto desses toques melancólicos, vinha lágrimas em meu rosto, sem necessidade e sem pedidos. Não me afetava mais, isso nem me incomodava. Estava acostumada com isso desde meu sofrimento por Junior.
Afinal, isso não se devia apenas à Diego, mas a saudade de minha mãe amada, de minhas amigas alegres que me fazia ganhar o dia, e outras recordações, que hoje apenas permanecia em meu coração.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

capitulo 6(parte 2)

Durante a tarde, fui na fármacia colocar créditos para ligar para Carina, ela tinha ficado chateada comigo por eu não ter ido lá, mas não tive culpa. Enquanto a moça colocava, eu acabei me pesando. Pelas contas, eu tinha perdido 5kg nessas três semanas aqui. Isso era bom. Eu estava numa espécie de dieta perigosa, tinha que me dá resultados o mais rápido possível em trocas dessas tonturas que andava sentindo. Apesar de ter perdido isso, eu ainda não estava satisfeito com meu corpo, ainda não era bom.
Quando saia da fármacia, vi um carro branco em alta velocidade, pensei ter visto ele, mas me lembrei que o carro em que o via era preto, mas parecia muito com ele. No caminho de casa, liquei para Carina, e expliquei porquê não tinha aparecido no final de semana. Ela pareceu não acreditar, mas me popei para contar a ela de minha paixão. Ela ficou feliz por mim, achava bom meu coração sossegar um pouco, encarar um paixão, era uma boa escolha. Ficamos nos falando por 1 hora e meia.
No caminho, parei no correio para mandar uma carta para minha madrinha, fazia tempos que queria fazer isso. A última vez que falei com ela foi na semana passada, e mal deu para falar com ela.

domingo, 8 de novembro de 2009

capitulo 6(parte 1)

O resto de minha semana prossegui normal, assim como na segunda. Eu e Racchel trocamos mais palavras, mas não como antes. Tinha a certeza de que ela sabia o que tinha acontecido, mas que esperava eu contar a ela. Géssica não trazia notícias de Diego para mim, e isso piorava minha ansiedade. Ela e Hytallo se davam cada dia melhor, estavam se tornando amigos. Pelo resto da semana, nós nos sentamos juntos na mesa na hora do intervalo. Eu agora só falava em Diego, e via que isso incomodava um pouco, mas não conseguia tirar aquilo da minha cabeça. Meu final de semana também foi calmo demais, nem cnsegui curtir. Tia Flórida não tinha me deixado ir para casa de Carina.

- Sabiam que vai ter festa neste sábado, lá no ginásio?- perguntou Gaby enquanto íamos para casa.
- Sábado agora, depois de amanhã? - perguntou Racchel.
- Sim, com banda e tudo.- ela confirmou.
- Onde é esse ginásio? - perguntei a Bruna, nós duas estávamos mais atrás.
- Fica um pouco longe daqui, mas é legal lá.- ela me respondeu.
- É banda de forró? - perguntei curiosa.
- Sim, claro né. Aqui não é como na capital chique não. - respondeu Racchel rindo.
Fiquei em silêncio. Não porque ela disse aquilo e eu não teria uma resposta, mas sim, porque sabia que ele gostava de forró, então pensei, talvez ele vinhesse. Se ele vinhesse, tudo seria perfeito, a gente ia se encontrar, estar juntos novamente. Eu tiraria a angustia de meu peito novamente.
Quando cheguei em casa, no meu celular tinha uma mensagem de Géssica, no qual dizia:

Amiga, se senta que tenho que te contar uma novidade que vc vai amar. Assim, Diego veio hoje sabe, e pelo que ele disse, ele e a namorada acabaram de vez, e não tem mais volta!

Como uma louca, comecei a gritar, muito feliz. Aquilo era perfeito, agora seria mais fácil pra gente ficar de novo. Agora ele poderia querer compromisso sério comigo. Algo mais que perfeito, notícia mais maravilhosa para eu receber.
Mostrei isso para Bruna e ela não gostou muito, pois apesar de tudo, ela achava que ele não servia para mim. Eu tinha mandado vários email para ele e ele não respondeu nenhum. Havia mandado meu numero para ele, mas ele não ligava. Isso me deixava com cara no chão, com vergonha, mas não havia dito esse detalhe à ninguém, era muita humilhação.