terça-feira, 10 de novembro de 2009

capitulo 6(parte 3)

Na volta, as meninas estavam saindo de casa, para onde elas iríam em plena duas horas da tarde.
- Ei menina, vamos ali, a mãe deixou! - girtou Bruna quando me aproximava.
Eu segui com elas. Pelo visto estávamos indo para casa de Gaby. Lembrei que na mesa da escola Gaby havia comentado que estaria sozinha e daria para fazer as máfias delas, agora, não sabia quais eram essas máfias.
Quando chegamos, tinha outras duas lá. Uma ruiva e outra morena. Na mesa da sala tinha vários filmes. Isso seria a máfia?
- Vem me ajudar a buscar as coisas Bruna. - disse Gaby saindo as pressas para cozinha.
Eu e Racchel nos sentamos e logo vinha Bruna e Gaby com um litro de bebida alcoólica nas mãos. Eu não acreditava naquilo. Elas começaram a servir, e foram seis copos, então elas iriam querer que eu provasse também.
- A primeira dose é da Bárbara. - anunciou Racchel.
- Eu não bebo. - avisei logo.
- Prova pelo menos. - pediu Gaby.
Peguei o copo e virei. Era um gosto até bom. Deu para descer. Mas não iria querer aquilo para minha vida, então resolvi sair.
- Gente, acho melhor eu ir. Quero ir na casa da Géssica, depois a gente se vê.
- Mas está começando agora! - reclamou Gaby.
- Mesmo assim, não dá pra mim.
Eu saí. Não iria na casa de Géssica, a gente tinha discutido, apesar de fazer as pazes, o clima ainda não estava tão legal.
Fui para casa. Ajudei a tia Flórida a arrumar o guarda-roupa, e depois lhe fiz companhia ao assistir um filme antigo na tv. As meninas chegaram de noite já. Eu acabara de sair do banho quando entraram no quarto. Elas riam muito alto, e senti o mal cheiro de bebida que vinha com elas, mas não falei nada.
Terminei minha noite com músicas melancólicas em meus ouvidos. Meu mp3 tinha perdido o toque rápido das músicas de rock, e foram trocados pelas músicas de sofrimento, de amores impossíveis. Junto desses toques melancólicos, vinha lágrimas em meu rosto, sem necessidade e sem pedidos. Não me afetava mais, isso nem me incomodava. Estava acostumada com isso desde meu sofrimento por Junior.
Afinal, isso não se devia apenas à Diego, mas a saudade de minha mãe amada, de minhas amigas alegres que me fazia ganhar o dia, e outras recordações, que hoje apenas permanecia em meu coração.

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