sábado, 14 de novembro de 2009

Capítulo 7( parte 1)

Meu sábado começou agitado. Eu, Bruna e Racchel fomos com Rodolfo para as compras de roupas. Na loja tinha muitas coisas bonitas, dava vontade de levar tudo, mas eu levei apenas duas blusas e uma calça. Minha mesada não iria durar até o fim do mês. As meninas compraram muitas peças, mas eram baratas, a maioria era para usar em casa mesmo.
Depois do almoço, Gaby apareceu para arrumarmos os cabelos logo. O dia seria longo, e a noite prometia. Tinha ligado para Géssica cedo, ela me dissera que não iria, não curtia muito essas coisas, mas disse que ele iria, ele estaria lá. Então isso me animou, e me deu a responsabilidade de ficar mais bonita o possível.

Tia Flórida e tio Enário iriam para praça, então começaram a se arrumar mais cedo. Eu e as meninas iríamos com Rodolfo, sem pressa.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Capítulo 6( parte 6)

Não conseguia dormir, então desci para beber água. Racchel estava sentada no sofá vendo tv. Fui na cozinha, e quando voltei, ele chamou por mim.
- Assim, não sou boa nisso... mas tipo, queria te pedir desculpas. Eu não gosto dele não, como você pensa, mas é porque não quero ver alguém que amo sofrendo por algo que eu sofri, cometer meu mesmo erro. Eu soube que você ficou com ele, mas não sei que você está sentindo. Eu não me meto mais, como prometi, eu te avisei. Só queria te pedir desculpas porque não quero que continuemos mais assim, porque é muito chato. Apesar de não parecer, de eu não saber demonstrar isso, você é um tanto especial e amiga pra mim. Pode me perdoar? - ela perguntou de cabeça baixa.
- Claro. Nunca fiquei chateada, apenas não falei com medo de vcoê me ignorar. Por mim tudo bem.- respondi, sincera.
Nos abraçamos e começamos a conversar. Ela me perguntou se eu me apaixonei por ele, e fui sincera, ela não disse nada, apenas concordava com a cabeça e não falava nada. Depois começou a falar de seu relacionamento, que ia cada dia melhor.
Foi bom conversar com ela sobre ele. Ela pareceu me entender, e entender meus sentimentos mais do que eu mesma. Sem ela não dizer nada, foi algo bom desabafar.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Capítulo 6( parte 5)

Pelo resto da manhã fiquei calada. Géssica ainda conversou muito com Hytallo durante a aula quando ele chegou.
No intervalo fui para o banheiro derramar as lágrimas que prediam na minha garganta. Passei meus quinze minutos naquele banheiro, meus olhos sairam inchados, mas eu precisava chorar. Ele não iria me querer mais, então? Essa resposta eu teria amanhã na festa.
Cheguei na sala atrasada e todos olharam para mim. Não sabia se era porque eu era a última a entrar, ou se era porque meus olhos mostravam que eu tinha chorado. Fiquei em silêncio até Géssica me perguntar:
- Você não tá chateada comigo né?- ela me perguntou, limpando uma lágrima que descia do meu rosto.
- Não, tô não. - respondi baixinho.
Ela me abraçou e sussurou algo " fica assim não, amanhã você vai vê-lo, e veremos se estou certa ou não". Continuei em silêncio. A professora Lúcia me perguntou se eu estava me sentindo mal, e eu respondi que não.
Para casa eu segui a pé novamente. Me sentia melhor e sem vontade de chorar agora.
Hoje meu dia se tornara importante, descobri finalmente que estava apaixonada por ele, que se ele não me quizesse, isso afetaria demais a minha alma, meu coração. Que agora minhas músicas preferidas eram aquelas que me fazia lembrar ele. Que agora eu estava novamente sofrendo...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

capitulo 6(parte 4)

Na sexta acordei mais cedo que as meninas, e fui caminhando a pé. Todos meus esforços estavam sendo lentos, meu corpo nã transformara muito nos últimos dias. Se não fosse a balança me mostrando o tanto de kilos que perdi nos últimos dias, eu não acreditaria ao tia Flóriida falar que me via cada dia mais magra, e sem falar nos quase desmaios que sofria todo dia na escola. Mas tinha as esperanças de que tudo iria dar certo, acreditava muito nisso, por isso colocava todos os meus esforços nestas loucuras.
Hytallo estava fazendo prova atrasada em outra sala. Géssica melhorara seu comportamento para meu lado. Ela pegou meu diário e leu.
- Amiga, o que é isso? - ela me perguntou apontando para a música que eu tinha feito.
- É uma música que fiz. Mas ainda está sem toque.- disse, reprimindo um sorriso.
- Você estava inspirada em quem quando fez isso? - ela perguntou, já sabendo da resposta.
- Pra ele. - eu disse, escondendo meu rosto nos cabelos.
- Meu Deus, não vou falar nada sobre isso, você sabe minha opnião sobre isso.
- Sei sim.
- Me permite fazer uma coisa? -ela perguntou
- Depende.
- Calma.
Ela chamou a professora e falou algo em seu ouvido.
- O que você disse a ela? - eu perguntei ansiosa.
- Espere, e verá! - ela respondeu.
Então a professora Rebeca fez um sinal para ela, que foi na frente com meu diário e piscou para mim.
Ela começou a recitar a minha música, e eu baixei a cabeça.
Apenas ouvi o último refrão:

"Eu me apaixonei pelo dono do melhor beijo, melhor olhar, melhor tocar
Sinto falta de tudo, dos momentos felizes que eu tive com você
Sempre que a noite cai, meu coração se contrai, por saber que um dia ele foi seu"


Ela terminou com as seguintes palavras:
- Gente, quem escreveu isso foi a Bárbara, acho que ela merece salva de palmas, não?
Levantei a cabeça, corando na certa, e todos batiam palmas para mim. Que vergonha eu sentia agora. Ia matar Géssica quando ela sentasse.
- Você tá louca? - eu perguntei quando ela sentou.
- Você merecia isso. Está linda a tua música mulher! Pena que não vale apena para quem você escreveu.-ela disse.
- Por que você diz isso? Ele te falou algo? - fiquei nervosa com isso.
- Ele é meu primo, eu o conheço. - ela falou, existia algo.
-Eu falei que você tinha falado muito nele, mas ele não diz nada. Sinceramente, acho que ele não quer nada com você. - ela disse, diminuindo seu tom de voz.
Isso doeu, mas eu tentei disfarçar. Afinal,se ele não quizesse, ele diria algo. Tentei pensar positivo...

capitulo 6(parte 3)

Na volta, as meninas estavam saindo de casa, para onde elas iríam em plena duas horas da tarde.
- Ei menina, vamos ali, a mãe deixou! - girtou Bruna quando me aproximava.
Eu segui com elas. Pelo visto estávamos indo para casa de Gaby. Lembrei que na mesa da escola Gaby havia comentado que estaria sozinha e daria para fazer as máfias delas, agora, não sabia quais eram essas máfias.
Quando chegamos, tinha outras duas lá. Uma ruiva e outra morena. Na mesa da sala tinha vários filmes. Isso seria a máfia?
- Vem me ajudar a buscar as coisas Bruna. - disse Gaby saindo as pressas para cozinha.
Eu e Racchel nos sentamos e logo vinha Bruna e Gaby com um litro de bebida alcoólica nas mãos. Eu não acreditava naquilo. Elas começaram a servir, e foram seis copos, então elas iriam querer que eu provasse também.
- A primeira dose é da Bárbara. - anunciou Racchel.
- Eu não bebo. - avisei logo.
- Prova pelo menos. - pediu Gaby.
Peguei o copo e virei. Era um gosto até bom. Deu para descer. Mas não iria querer aquilo para minha vida, então resolvi sair.
- Gente, acho melhor eu ir. Quero ir na casa da Géssica, depois a gente se vê.
- Mas está começando agora! - reclamou Gaby.
- Mesmo assim, não dá pra mim.
Eu saí. Não iria na casa de Géssica, a gente tinha discutido, apesar de fazer as pazes, o clima ainda não estava tão legal.
Fui para casa. Ajudei a tia Flórida a arrumar o guarda-roupa, e depois lhe fiz companhia ao assistir um filme antigo na tv. As meninas chegaram de noite já. Eu acabara de sair do banho quando entraram no quarto. Elas riam muito alto, e senti o mal cheiro de bebida que vinha com elas, mas não falei nada.
Terminei minha noite com músicas melancólicas em meus ouvidos. Meu mp3 tinha perdido o toque rápido das músicas de rock, e foram trocados pelas músicas de sofrimento, de amores impossíveis. Junto desses toques melancólicos, vinha lágrimas em meu rosto, sem necessidade e sem pedidos. Não me afetava mais, isso nem me incomodava. Estava acostumada com isso desde meu sofrimento por Junior.
Afinal, isso não se devia apenas à Diego, mas a saudade de minha mãe amada, de minhas amigas alegres que me fazia ganhar o dia, e outras recordações, que hoje apenas permanecia em meu coração.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

capitulo 6(parte 2)

Durante a tarde, fui na fármacia colocar créditos para ligar para Carina, ela tinha ficado chateada comigo por eu não ter ido lá, mas não tive culpa. Enquanto a moça colocava, eu acabei me pesando. Pelas contas, eu tinha perdido 5kg nessas três semanas aqui. Isso era bom. Eu estava numa espécie de dieta perigosa, tinha que me dá resultados o mais rápido possível em trocas dessas tonturas que andava sentindo. Apesar de ter perdido isso, eu ainda não estava satisfeito com meu corpo, ainda não era bom.
Quando saia da fármacia, vi um carro branco em alta velocidade, pensei ter visto ele, mas me lembrei que o carro em que o via era preto, mas parecia muito com ele. No caminho de casa, liquei para Carina, e expliquei porquê não tinha aparecido no final de semana. Ela pareceu não acreditar, mas me popei para contar a ela de minha paixão. Ela ficou feliz por mim, achava bom meu coração sossegar um pouco, encarar um paixão, era uma boa escolha. Ficamos nos falando por 1 hora e meia.
No caminho, parei no correio para mandar uma carta para minha madrinha, fazia tempos que queria fazer isso. A última vez que falei com ela foi na semana passada, e mal deu para falar com ela.

domingo, 8 de novembro de 2009

capitulo 6(parte 1)

O resto de minha semana prossegui normal, assim como na segunda. Eu e Racchel trocamos mais palavras, mas não como antes. Tinha a certeza de que ela sabia o que tinha acontecido, mas que esperava eu contar a ela. Géssica não trazia notícias de Diego para mim, e isso piorava minha ansiedade. Ela e Hytallo se davam cada dia melhor, estavam se tornando amigos. Pelo resto da semana, nós nos sentamos juntos na mesa na hora do intervalo. Eu agora só falava em Diego, e via que isso incomodava um pouco, mas não conseguia tirar aquilo da minha cabeça. Meu final de semana também foi calmo demais, nem cnsegui curtir. Tia Flórida não tinha me deixado ir para casa de Carina.

- Sabiam que vai ter festa neste sábado, lá no ginásio?- perguntou Gaby enquanto íamos para casa.
- Sábado agora, depois de amanhã? - perguntou Racchel.
- Sim, com banda e tudo.- ela confirmou.
- Onde é esse ginásio? - perguntei a Bruna, nós duas estávamos mais atrás.
- Fica um pouco longe daqui, mas é legal lá.- ela me respondeu.
- É banda de forró? - perguntei curiosa.
- Sim, claro né. Aqui não é como na capital chique não. - respondeu Racchel rindo.
Fiquei em silêncio. Não porque ela disse aquilo e eu não teria uma resposta, mas sim, porque sabia que ele gostava de forró, então pensei, talvez ele vinhesse. Se ele vinhesse, tudo seria perfeito, a gente ia se encontrar, estar juntos novamente. Eu tiraria a angustia de meu peito novamente.
Quando cheguei em casa, no meu celular tinha uma mensagem de Géssica, no qual dizia:

Amiga, se senta que tenho que te contar uma novidade que vc vai amar. Assim, Diego veio hoje sabe, e pelo que ele disse, ele e a namorada acabaram de vez, e não tem mais volta!

Como uma louca, comecei a gritar, muito feliz. Aquilo era perfeito, agora seria mais fácil pra gente ficar de novo. Agora ele poderia querer compromisso sério comigo. Algo mais que perfeito, notícia mais maravilhosa para eu receber.
Mostrei isso para Bruna e ela não gostou muito, pois apesar de tudo, ela achava que ele não servia para mim. Eu tinha mandado vários email para ele e ele não respondeu nenhum. Havia mandado meu numero para ele, mas ele não ligava. Isso me deixava com cara no chão, com vergonha, mas não havia dito esse detalhe à ninguém, era muita humilhação.

sábado, 7 de novembro de 2009

Capítulo 5( parte 2)

A aula prossegui bem, normal e silênciosa. Hytallo ainda perguntou umas coisas em relação a aula, mas nada a mais. No fim da aula, decidi ir a pé sozinha para casa. Queria pensar um pouco. Eu ainda tinha esperanças de ve-lo hoje...
Sentei em um banco e peguei meu lápis. Comecei a rabiscar minhas poesias, expor meus sentimentos, isso sempre era bom para mim.
Acabei fazendo um poema, muito legal, até, e nela transformei em música, uma música sem som, mas ainda sim, uma música.
Coloquei meus fones no ouvido e vi os toques, nenhum tinha um ritmos para se encaixar na mesma, mas nenhuma dava certo. Guardei a folha com a letra em meu caderno e fui para casa.
Estava um pouco tonta, por conta da falta de alimentação. Eu não poderia engoradar mais, se não iria sair rolando pela rua.
Todos já estavam na mesa se servindo quando cheguei. Não tinha percebido o tanto de tempo que havia ficado fora. Guardei minhas coisas e desci. O almoço parou mais minha tontura, mas não o meu ânimo. Tio Enário tinha reclamado por eu estar tão para baixo, mas não era pra baixo, era confusa, ansiosa.
Precisava saber se ele queria novamente, queria saber se realmente estava apaixonada, se ele iria me querer, eu precisava saber.
Depois do almoço, fiquei na sala vendo tv com Bruna, fazia tempos que não via. Quer dizer, que tentava ver. Meu corpo estava ali, mas eu não estava. Eu estava com pensamentos e idéias longe. Eu estava convencida de que ele gostara do meu beijo, que gostara de nossa química, estava convicta disso, e ficava feliz por pensar que isso talvez existisse mesmo.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Capítulo 5( parte 1)

Ela voltou a sala, antes de tocar, isso era bom, pois precisava saber de tudo. Ela passou por mim pela porta e me deu um abraço.
- Estou tão feliz! - ela sorria, claro que estava.
- Qual o motivo para toda essa felicidade? - perguntei, tentando demonstrar mais interesse nisso do que em qualquer outra coisa.
- Acho que estou apaixonada! - ela saiu rodopiando a sala. - Apaixonada! Que maravilha!
- Que bom, quem é ele? - eu perguntei ansiosa.
- Um primo do Diego, que estava com ele no aniversário. Ficamos lá, depois que você saiu. Ele é maravilhosamente maravilhoso. Ele me ligou hoje, mas não tinha visto, por isso saí correndo atendendo a ligação. Ai, como foi ótimo, perfeito. A gente estava combinando isso a tempos, e agora finalmente deu certo.
- Fico feliz por você! - respondi sincera.
- Você acha que uma pessoa pode se apaixonar por outra por causa de um beijo? - ela me perguntou, e eu gelei. eu também estava assim. Contaria ou não? Acho que ela não estava muito interessada em saber isso. Caso ela perguntasse o que eu tinha achaod, responderia, mas casa contrário, não.
- Com toda a certeza! - respondi, vendo minha situação no exato momento.
- Foi tão, tão mágico. Que dói pensar que acabou. Mas ele me ligou, um bom sinal! - ela disse, olhando para o tempo.
- Mas ele disse algo em relação à sábado?
- Sim, disse que tinha gostado do que tinha acontecido, e que esperava repetir. - ela falou toda sorridente.
- Fico muito feliz por você! Torço para que dê certo, do fundo do meu coração!- disse.
- Obrigada. Mas e meu primo hein? O que foi aquilo? - ela me perguntou.
- Não sei como começou, mas sei que foi tão perfeito, tão bom!- eu disse encantada.
- Eu só não gostei do jeito que ele te pegou. Porque vocês nem conversaram! - ela disse.
- Pois é, também achei, mas consegui o que mais queria, isso me basta.-disse satisfeita.
- É, vocês dois formam um belo casal!- ela disse.
- É mesmo? Ainda bem! - perguntei feliz com isso.
- Sim, sim. Mas não se iluda, ele ainda tem namorada.
- Será que ele gostou de ficar comigo? Ele ainda ficou com outra além de mim?- perguntei curiosa.
- Não sei se ele gostou, ele não falou nada, nem perguntei, mas respondendo sua outra pergunta, ele não ficou com mais ninguém. Depois ficou bebendo até 4 horas da manhã, que foi a hora que eles saíram.
- Saíram para onde? - eu perguntei, como uma dorzinha no meu peito.
- Ele foi para casa dos primos dele, e não voltou até agora de manhã. Acho que só vem no final de semana. - ela disse.
Eu iria ficar todos estes dias sem ve-lo? Sem saber qual a reação dele depois de tudo? Tinha que dar meu jeito.
- Fica assim não, ele volta. - ela brincou.
Os alunos já voltavam para a sala, então o sinal já tinha tocado!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

capitulo 5(parte 5)

Assim que tocou Géssica saiu com o telefone no ouvido, e Hytallo veio curioso a me perguntar a emergência. Acabei falando tudo, inclusive o que estava sentindo no momento. Hytallo ficou calado e parado por todo o momento, e quando eu acabei também.
- O que você acha? - eu perguntei, não suportava aquele silêncio.
- Ah, Bárbara, sai fora dessa. Ele não é garoto para você! Ele nem merece isso tudo. - foi apenas o que ele disse. O que todos dizem...
- Mas eu estou apaixonada...
- Não, você apenas gosotu de ficar com ele, só isso. Foram só beijos, você nem o conhece para dizer isto, Bárbara. - ele pareceu me acusar.
- Mas é a real Hytallo. Por que todo esse estresse? - estava chateada já.
- Sei lá, você sabe que ele faz com todas. Só não quero ver você assim como sua prima sofrendo, está bem? - ele me fez prometer isso.
- Certo, eu não vou sofrer.- eu disse, virando a cara.
- Promete ne? - ele perguntou.
- Sim, né?! - respondi com mínima vontade.
Ele apertou minha mão e me puxou para fora da sala.
- Vamos merendar? - ele parou.
- Não, não estou com fome. - menti, estava faminta.Tinha que emagrecer para agradar a ele.
- Você comeu algo antes de sair de casa? - ele perguntou duvidando.
- Sim. - menti novamente.
- Pois vou lá, antes que toque.
Ele saiu e percebi então, que Géssica não tinha voltado. Onde ela estava? Logo hoje, precisava saber de tudo.

capitulo 5(parte 4)

Minha alegria estava sendo trocada pela insegurança e tristeza. Me falaram muitas coisas, e isso acabou com o ânimo. Peguei meu livro e recomecei a ler. Li até a metade e fiquei com dor de cabeça, e quando olhei, já escurecia. Eu desci para ver se Bruna tinha entrado, mas tio Enário disse que ela tinha saído com Tahuan. Subi e tomei um banho, sem coisas em minha cabeça. Não jantei naquela noite, para mim seria bom ele, só ele. Acho que já estava apaixonada, será possível?!
Nessa noite consegui dormir, foi mais fácil, estava exausta, sem por quê. Ele acabou aparecendo nos meus sonhos. Era numa praia. Uma onda me carregava, ele era o único que poderia me socorrer, mas ele não vinha me ajudar, ele prefiriu me dar as costas e sair. As ondas me levavam para cá e para lá. Acordei com uma câimbra, mas depois voltei a dormir.
Amanheceu um dia lindo, bem ensolarado. Fomos com dona Carmélia para a aula. Hytallo me esperava na porta da sala hoje. Quando cheguei ele me deu logo um abraço, estava precisando daquilo. O chamei para conversar, precisava da opnião dele sobre Diego. Mas quando nos sentamos, tocou. Não queria falar na hora da aula, apesar do meu anseio. Géssica chegou atrasada e quase não entrava na aula. Quando se sentou, ela olhou para mim sorridente, será que queria me falar algo? Será que ele tinha dito algo a ela? Tomara que sim.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

capitulo 5(parte 3)

No almoço não quis comer nada. Fui para o quarto e comecei a escrever no meu diário.
" Fazia tempo que não sentia o que estou sentindo agora. Junior tirou minha vida e meus sonhos de ser amada por alguém. Meu resto mortais quase se foram no túmulo de minha mãe. Minha amiga, Carina, me tirou de lá e aqui estou eu, escrevendo mais uma vez. Mais uma vez vim aqui dizer que estou me encantando mais uma vez. A esperança bateu em minha porta e estou deixando ela entrar, não sei se a felicidade vai vir junta, mas estou com expectativas sobre isso..."
Gostaria de ter minha mãe aqui, ou minha amiga. Não gostava da idéia de desabafar com um diário. Queria alguém, queria gente. Alguém me conhece e sabe qual o melhor para mim, o que tenho que fazer, qual a minha felicidade. Eu sozinha, não era capaz de descobrir. Precisaria sempre de um ombro, de um apoio. Ultimamente minhas decisões eram tomadas pelas opiniões das outras pessoas. Só vestiria algo, ou gostaria,se alguém gostasse.
- Posso entrar? - perguntou alguém e vi que era Bruna.
- Claro, entra.- respondi
- Ei, vamos comigo na Lan House, preciso abrir minha página da web.- ela me pediu.
- Sim, vamos, eu também preciso ir lá. - respondi, me levantando da cama.
Pelo caminho, tinha dito a ela que tinha contado a Gaby sobre Diego. Ela concordou no que ela disse. Ela me contou que ontem Tahuan tinha ido na casa dela, a chamando para sair, mas não tinha ido, tinha marcado para hoje, e pediu minha opinião.
Eu era uma boa pessoa para escrever sobre sentimentos, mas não era boa para aconselhar alguém. Eu nunca me dava bem nesse assunto, não queria que acontecesse o mesmo com os outros.
Quando cehgamos, lá estava vago. Tahuan não estava lá, nem Diego, como costumava fazer em seu costume diário.
Quando abri minha página de email, tinham duas:

" Eu e Denis estamos indo bem amiga, estamos quase num passo forte do namoro. estou um pouco ansiosa com isso, confesso. Quero, mas tenho medo, apesar de saber todos os passos. Mas sei lá. Tenho vergonha! Ele mudou muito sabe, não tem mais aquelas coisas só de falar, agora ele é. Ele deixou de falar coisas bonitas, agora me agrada com ações, isso é que eu gosto. Eu tava cansada e quase terminando, mas acho que agora sim, nosso barco vai andar. E vc, arranjou alguém?
the amo_saudades!"


Resolvi responder logo:

"Amiga, meu coração parece estar batendo outra vez. Ainda não sei se vai valer apena ter esperanças, mas espero que sim amiga. Acho que vou aí esse final de semana. Só da para falar ao vivo.
The amo"


A outra era de Thaís:

" Amiga, recebi os parabéns pela Carina. Estou muito feliz amiga, mas triste ao mesmo tempo, porque a madrinha dela(e) não estará aqui quando nascer. Se for menina, será Bárbara, assim com você, pois você é minha cúpida. Estamos morrendo de saudades de você, de seus amores loucos, de tudo. Saudade da minha melhor amiga. Vê se aparece, tá?! Beeijos"

Respondi:

" Amiga, quem disse que não estarei aí quando ela(e) nascer. Tem mais ônibus por aí não é? Agradeço pela homenagem tá? Torço para que se for Bárbara não sofra tanto com amores, quanto a coitada da madrinha dela. Acho que irei no final de semana aí, ver vocês e contar as novidades. Saudades, beijos!"

Eu procurei na página de relacionamentos de Géssica, o Diego. Queria ter uma forma de contato com ele. Acabei encontrando-o. Em sua foto, ele estava mais lindo. Tinha que pegá-la para mim. Mas também vi fotos de sua namorada, ela era realmente bonita, até mais que eu, e bem mais magra que eu. Será que ele gostava de mulheres de corpo magro? Se fosse assim, teria que fazer uma dieta urgente! Eu o adicionei, e perguntei como ele passava. Ele me responderia? Ele me adicionaria, pelo menos? Esperava que sim. Fiquei adimirando ele até a meu tempo acabar.
Tahuan estava lá fora, quando saímos. Ele estava só e nos levou. Eu entrei, enquanto Bruna ficou lá com ele.

capitulo 5(parte 2)

- E qual o motivo de você estar com essa cara toda feliz?- ela me perguntou enquanto trocada o dvd.
- Sei lá, acho que me apaixonei. - eu confessei.
- Que legal, mas ele vale apena? - ela me perguntou. Pensei que a primeira coisa que ela perguntaria, seria o nome dele.
- Ainda não sei. Eu fiquei com ele ontem no aniversário do primo da Géssica, mas o cara tem tudo. Ai, eu não sei. Ele é perfeito, beija bem e tudo.
- Acho que já ouvi essa história. A mesma coisa. - ela fez uma careta e se levantou.
- Posso te perguntar uma coisa? - ela perguntou se virando para mim. Eu já sabia o que era.
- Claro Gaby. Acho que já sei o que é. - eu disse me virando para a janela.
- Foi ele?- ela perguntou.
- Senta aqui, e te explico. - eu disse a ela. Ela parecia meio assutada.
Comecei a contar a ela toda a história. Ela pareceu entender meu lado, mas não dizia nada enquanto eu falava. Apenas balançava a cabeça. Quando terminei, enfim ela disse:
- Ela sabe, a Racchel sabe? - ela me perguntava, não me jugando.
- Ainda não conversei com ela sobre isso. - respondi. Ela diria alguma coisa.
- Não, não. Não precisa fazer essa cara e ficar preocupada. Da minha boca não sairá nada. Bom, ela ficou do teu mesmo jeito sabe, no dia da festa, e agora, sabe no que deu né?! Ele nasceu para ficar só. Nem adianta se iludir!
- Eu sei, mas está sendo mais forte que eu. Não consigo deixar de sorrir desde ontem. - eu confessei.
- Toma cuidado. Sei que as pessoas mudam, mas acho meio que improvável. Ele quando ficou com a Racchel, foi tão encantador com ela, até parecia! Mas tá aí, olha no que deu!
- Eu sei, mas sei lá. O beijo, tudo foi tão bom! Pareceu haver coisas. Só pra ter idéia, a música que tocou, Take a Bow da Rihana! As estrelas estão a meu favor, tenho certeza disso! - falei, fitando a janela.
- Espero que esteja certa em relação a isso. - ela me disse.
- Posso contar com você?- eu perguntei, ainda insegura.
- Claro né linda. Estarei aqui, não se preocupe.
Ela me abraçou e eu fui embora, olhando para trás, esperando ainda ver ele. Mas nada, nem um sinal! Que coisa chata!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

capitulo 5(parte 1)

No outro dia acordei com o som ligado alto lá embaixo. Tinha dormido pouco,e estava com muita dor de cabeça. Mas quando me lembrei de tudo, daquela noite, eu nem me estressei. Sorri para mim mesma. Peguei meu mp3 e coloquei a música, a nossa música e aumentei seu volume. Claro que não daria para ouvir, mas o toque me fazia concentrar e ir no ritmo. Nem sabia a tradução, o que dizia a letra, mas já achava ela linda.
Quando saí Bruna estava no quarto.
- Parece que viu um passarinho verde hein moça!- ela disse sorrindo.
- Vi e toquei ele.
Ela deu uma risada e saiu.
Ao descer vi que tia Flórida, racchel e Bruna faziam faxina na casa. Já estavam quase terminando pelo visto.
- Bom dia! - disse tia Flórida alegremente.
- Bom dia tia! - eu respondi no seu mesmo tom de empolgação.
- Como se foi de aniversário? - ela me perguntou enquanto eu atravessava a sala.
- Muito legal, as pessoas bem divertidas. - disse e fui para a cozinha.
Estava faminta, tinha que comer algo logo, sentia minha cor verde.
Quando olhei para o relógio, já era 11 da manhã. Achava cedo demais para eu acordar.
Depois do lanche, fui para o quarto. Elas já tinham terminado e as meninas já tomavam banho.
- Vou lá na Gaby. - eu disse saindo da casa já.
Não sabia o que falar com Gaby. Eu não tinha nada a dizer a ela, mas precisava ir na rua dele, ver se via ele. Tinha que descobrir alguma desculpa. Sabia que poderia confiar nela e contar sobre Diego, mas tinha medo ainda assim. ~
Eu lembrava Géssica me apontando a casa dela, eu já sabia até qual era.
- Olha só! Que você faz aqui? - ela perguntou surpresa.
- Vim fazer uma visita a uma amiga. Posso? - disse.
- Claro, entra. Nã repare a bagunça. Vamos para meu quarto, eu estou vendo um filme. - a casa dela era bem grande, mas ao contrário da maioria, ela era de apenas um andar. O quarto dela ficava no final, seguido de um corredor.
O seu quarto era azul, um azul marinho, quase da mesma coisa da casa de Géssica. Tinha uma cama de casal, e um guarda roupa imenso. Tinha também uma mesinha com uma tv e um dvd, e um mural de fotos dela com os amigos.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Capítulo 4 ( parte 7)

Voltei no carro sorrindo como uma louca, me lembrando dos momentos. Bati na porta e quem me atendeu foi Bruna. Na sala tinha dois colchões no chão. Neles dormia Racchel e a amiga dela. Fui direto para meu quarto, e Bruna me seguiu.
- E aí prima, como foi?- ela perguntou ansiosa.
- Prima, fiquei com ele! Fiquei com o Diego! Olha que maravilha. - eu disse, me jogando na cama.
- Sério? Ai que bom prima! Você está nas nuvens né?- ela perguntou.
- Estou sim, e se possível, além das nuvens. Estou tão feliz prima. Ele é tão perfeito, tão lindo, tão tudo. Ele me deixou nas nuvéns, uma mulher realizada e fascinada. - eu disse ainda amaravilhada com aquele momento mágico pra mim.
- Tudo bem, mas vai com calam tá? Não se iluda muito, não vai valer apena.
- Sim, vou tentar me conter. Certo? - eu disse indo para o banho.
Ao me olhar no espelho, mais uma vez, depois de muito tempo vi o brilho em meus olhos. Eles não ficava assim há meses. Era bom vê-los em meus olhos de novo. Era bom meu coração bater assim por alguém, apesar de ainda não ser certo um futuro para nós. Mas era bom aquela sensação, nem que fosse por instantes. Ainda senti na minha pele o perfume dele, e me deu vontade nem de tirá-lo dali.Era tão bom, além de ser o dono do melhor beijo, ele também tinha o melhor perfume.
Não dormi nada a noite, só olhava o teto, lembrando cada momento, guardando no meu peito aquela sincronia do nosso beijo.