quinta-feira, 29 de outubro de 2009

capitulo 2 ( parte 11)

Quando cheguei, as luzes da varanda já estavam acesas, e o tempo estava escuro. Tia Flórida estava na sala vendo tv quando bati na porta.
- Minha linda, já estava preocupada com você! Meu Deus! Você está toda ensopada. Vamos, pegue esta toalha aí e entre, antes que fique resfriada.
Eu entrei com meus lábios tremendo, então tirei meu mp3 e meu trabalho logo do bolso. Ainda bem que a chuva também não os molhou. Os deixei em cima do sofá e fui para o quarto. Quando entrei, as meninas estavam deitadas e enroladas. Elas dormiam cedo assim?
- Prima? - me chamou Bruna, com a voz fraquinha
- Oi prima, cheguei agora. O que você tem? Está com a voz tão fraca.
- É que eu e Racchel temos alergia ao frio. Tomamos banho tarde e ficamos assim por conta do tempo gélido.
- Hum, acho que vou pegar um resfriado, vou logo tomar meu banho, volto já. - eu disse, já entrando no banheiro.
Quando saí Bruna não estava mais na cama, mas Racchel estava dormindo. Desci as escadas enrolada de um lençol grosso e espirrando. É, tinha pegado um resfriado.
- Vai querer comer o que Bárbara? - me perguntou tio Enário.
- Nada não tio, estou aqui cansada, vou já dormir.
- Deu certo fazer seu trabalho?- me perguntou Bruna.
- Sim, peguei as anotações necessárias e farei meu resumo. Vou logo começar, enquanto é cedo.
Peguei meu mp3 e meu papel com anotações e fui para a sala. Comecei a fazer meu resumo. Ao terminar fui dormir.
Essa noite foi tranquila. Consegui dormir por toda a noite, mas ainda com o garoto bobo em meus sonhos.
Na manhã seguinte, as meninas acordaram com febre e não foram para a aula. Eu amanheci só com uma tosse, mas fui para a aula. Hytallo estava no portão, e entrou comigo.
- Fez o trabalho?- perguntei a ele, ele tava estranho hoje.
- Fiz - ele respondeu e não falou mais nada. Será que eu tinha falado algo de errado?
Ele entrou na sala e sentou-se lá atrás. Também não perguntei nada. Géssica tinha colocado as coisas dela ao meu lado, mas não estava lá. Me sentei e não saí de lá. Percebi que Hytallo não parava de olhar para mim. Mas não vinha sentar aqui. Deu o primeiro toque e Géssica não apareceu. A professora entrou e fechou a porta. Ela só poderia entrar agora depois da primeira aula. Prestei atenção na aula. Foi legal, mas muito estranha. O dia não estava normal. O menino que eu pensava que tornaria meu amigo, mal falou comigo hoje, minhas primas amanheceram doentes, e minha colega Géssica na qual eu queria falar hoje não tava aqui. O que estava havendo? Era impressão minha? Calma Bárbara!, eu disse para mim mesma.
Ao tocar para o intervalo andei só pela escola. Fingi passar mal, aquilo era tortura para mim.

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