quinta-feira, 29 de outubro de 2009

capitulo 3 ( parte 5)

Depois da aula, fiquei um pouco na mesma praça em que tinha ficado no dia anterior, com Hytallo. Continuamos a conversar sobre minha vida. Contei a ele, minha quase morte por Junior ( o grande amor da minha vida), ele se surpreendeu e balançava a cabeça de um modo negativo quando dizia as besteiras que fiz por ele.
- Mas então, me conte sobre sua vida agora.- eu pedi
Ele me contou e fiquei surpresa, ele não era para ser feliz daquele jeito, depois de tudo que ele sofria em casa. O seu tio, o julgava de coisas que não eram verdadeiras, sua mãe também não demonstrava amor e carinho para ele, ele deveria se sentir um lixo, ele deveria ser a pessoa mais depressiva dessa vida, mas não, ele era uma pessoa que era amado por todos, conquistava amizade e confiança de qualquer pessoa, em cinco minutos. Ele apesar de viver assim, era forte, e para mim, passava uma imagem feliz.
Ele me levou até em casa, e voltou um longo caminho sozinho. Insisti para ele entrar, mas não quis. Racchel e Bruna já estavam almoçando. Eu também fui logo.
Depois de um banho, fui na Farmácia colocar créditos, precisava falar com Carina, sentia falta de suas conversas. Já faziam quatro dias, desde a ultimas vez que não nos víamos, e vinte dias que não conversávamos.
Ela não estava em casa, mas sua mãe, Tia Carmem, disse que diria a ela que eu tinha ligado.
Minha tarde não foi como as outras, que eu ficava dormindo, sem pensar em nada. Hoje, eu pensava demais, embaixo daquela árvore.
Eu sempre fui uma menina de se apaixonar muito rápido, na maioria das vezes só pela beleza, pois não tinha a oportunidade de passar disso. Nunca tinha namorado sério, mas tinha ficado com meninos por uma passagem de tempo curta. Me apaixonei algumas vezes, mas só consegui um deles, o Júnior. Esse tinha sido meu maior sofrimento, antes da morte de minha mãe. Ficava com ele, enquanto ele namorava uma menina. Eu sempre tinha ido atrás dele, mas ele nunca se importou comigo, nunca me procurou, sempre eu ia atrás. Quando chegou o momento que eu o esnobei, muito. Não ligava mais, nem o procurava, nesse momento ele veio como um cachorrinho atrás de mim. Mas eu já estava em outra...
Me lembrei disso, e vi que não doeu tanto, foi até mais fácil. Para mim, ainda doia mais pensar em minhas amizades que deixei para trás por causa dele.Não sofri tanto por não ter ficado com ele só para mim, mas porque deixei, e ignorei os conselhos de minhas amigas, e acabei as perdendo.

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